A Marcha para Jesus do Rio de Janeiro de 2012 recebeu R$ 1,6 milhão da prefeitura da cidade, comandada na época por Eduardo Paes.
Como o contrato não teve licitação, Paes, o pastor Silas Malafaia (então presidente do Conselho dos Ministros Evangélicos do Estado), o município do Rio e ex-chefe da Casa Civil Guilherme Schleder viraram réus em uma ação que investiga o empenho do dinheiro público.
A decisão foi assinada pela juíza Mirela Erbisti, da 3ª Vara de Fazenda Pública do Rio, que recebeu a acusação feita pelo Ministério Público.
Na decisão, a magistrada aponta que “há indícios suficientes da participação de cada um dos demandados na prática do ato ímprobo”. Paes, segundo ela, “deveria zelar pelo bom uso do dinheiro público”, assim como o ex-secretário da Casa Civil.
Malafaia, diz a juíza na decisão, “teria se locupletado com o evento, eis que era presidente e representante legal da Comerj, esta a beneficiária direta do ato ímprobo”. “Promovendo seu nome pessoal e a associação, concorreu ainda para o gasto aparentemente irregular do município”.
Em entrevista a imprensa, Malafaia comentou dizendo que se trata de “perseguição religiosa”, pois a verba da prefeitura só foi liberada depois que a programação do evento foi apresentada e que a Marcha para Jesus foi realizada “para promover a paz”, além de afirmar que todos os documentos e notas do evento já foram apresentados.
A defesa de Eduardo Paes também comentou dizendo que se trata apenas de um recebimento de uma ação e que, no “curso do processo” ficará claro que a prefeitura apoiou o evento, assim como outros, para estimular o turismo religioso na cidade”.
Opinião do Partido Cristão: Não é admissível o recebimento de dinheiro público sem licitação ou sem previsão orçamentária aprovada pela Câmara Municipal.