Eleições 2022 – Dos quase 9 mil candidatos que disputaram uma cadeira no Congresso Nacional em 2018, menos da metade (44,7%) recebeu recursos do fundo eleitoral, composto por dinheiro público.
Pelo levantamento feito, entre os que usaram esse recurso em suas campanhas,11,62%conseguiram se eleger. Por outro lado, 175 dos 359 candidatos a deputados e senadores que receberam R$ 1 milhão ou mais do fundo ficaram sem a vaga.
Aprovado em 2017 pelos parlamentares após a proibição de doações empresariais, o fundo eleitoral contou com R$ 1,7 bilhão, valor repassado aos partidos.
Para quem concorreu sem o fundo eleitoral, o porcentual de sucesso foi baixo, só 2% conseguiram se eleger. A exceção ficou por conta do PSL, que elegeu 37 deputados e três senadores que não usaram esses recursos.
Eles foram impulsionados pela campanha de Jair Bolsonaro (PSL) ao Planalto. Outros 16 eleitos pelo partido para o Congresso receberam o dinheiro público. O grande divisor de águas nas eleições 2018 foi à instrumentalização das redes sociais.
Distribuição
As legendas priorizaram as candidaturas à Câmara, aplicando nelas 46% do total de R$ 1,7 bilhão (R$ 794 milhões) recebido. Esse é o destino preferencial porque a fatia de recursos que as siglas recebem e também o tempo de TV dependem do tamanho da bancada.
Eleições 2022
Quem pretende candidatar-se em 2022, precisa observar um conjunto de fatores que podem impulsionar candidaturas vitoriosas, como estrutura econômica, instrumentalização das mídias sociais, trabalhos de base, representatividade de grupos organizados da sociedade civil, dentre outros fatores que devem ser observados. De qualquer forma, o recado das últimas eleições foi bem claro, só o fundo eleitoral não garante à vitória nas urnas!