Movimento “Não se meta com meus filhos” corteja Bolsonaro. No último dia 15 de novembro, o movimento “Não Se Meta com Meus Filhos” realizou marchas em diferentes países do continente americano, pedindo ao governo de cada país que não promova a ideologia de gênero nas escolas.
Com frases como “governo, proteja a família!”, “Não é religião, é convicção, meus filhos quem ensina sou eu” e “Igualdade de oportunidades sim, ideologia de gênero não”, milhares de cidadãos, na maioria cristãos, fizeram manifestações no Peru, Argentina, Paraguai, Colômbia e Bolívia.
Movimento Continental
O maior encontro foi Plaza San Martín, em Lima, Peru. Eles protestaram contra a tentativa do governo de impor a conhecida agenda ideológica. “Com essa marcha, queremos fazer o presidente entender que, com nossos filhos, ele não se meta. Somos contra a ideologia de gênero”, disse uma mãe.
De acordo com Christian Rosas, representando do moimento peruano, a abordagem LGBT do governo do presidente Martin Vizcarra, é fruto de um “ideal marxista e quer nos impor pela força coercitiva do Estado”. Diversos pastores evangélicos estão à frente das manifestações em alguns países. O pastor peruano Sandro Mariluz afirmou: “O Estado tenta camuflar a ideologia de gênero nas escolas usando o termo enfoque de gênero. Isso tem a ver com a aceitação de mais de cem gêneros diferentes, não com igualdade entre homens e mulheres. Respeitamos os homossexuais, mas condenamos a imposição desses temas na educação dos nossos filhos”.
Os defensores da família comemoram o engajamento, que reuniu católicos e evangélicos. “Éramos cerca de 2 milhões em todo o continente, já que essa marcha era intercontinental”, anunciou um porta-voz do movimento. Criado em 2016, o grupo obteve vitórias na Justiça, tendo derrubado dois ministros da Educação favoráveis ao tema —Jaime Saavedra e Marilú Martens.
Segundo o jornal El País, eles agora querem estender seu alcance ao Brasil. “As lideranças do grupo já articulam uma aproximação com o presidente eleito Jair Bolsonaro, visando a atuação conjunta em oposição às políticas de discussão de gênero por todo o continente”, afirma o periódico. Já existiram contatos com a Frente Parlamentar Evangélica nesse sentido.
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